Barracão de zinco
Sem telhado, sem pintura
Lá no morro
Barracão é bangalô

Lá não existe
Felicidade e arranha-céu
Pois quem mora lá no morro
Já vive pertinho do céu

Tem alvorada, tem passarada
Alvorecer
Sinfonia de pardais
Anunciando o anoitecer

E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece ave Maria
E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece ave Maria

Ave Maria
Ave
E quando o morro escurece
Elevo a Deus uma prece
Ave Maria

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Tão só, ouço as ondas quebrando no mar
Triste quando a praia deserta está
Sem meu amor, fico a chorar
A chorar, a chorar

Vejo gaivotas voando a cantar
Ouço o susurro das ondas do mar
Na areia branca, meu pranto a rolar
A rolar, a rolar

Vem, vem o vento trazendo canções
São só pedaços de recordações
Castigando sem eu merecer

Se eu soubesse onde ela está agora
Juro, partiria mundo a fora
E nos seus braços ia adormecer